Gasolina aditivada rende mais? Saiba a diferença para o carro

Economia e qualidade são questões muito frequentes no dia a dia de quem abastece um carro. De modo geral, as pessoas priorizam a busca pelo menor preço. Muitos já têm, inclusive, suas bandeiras e postos de confiança. Mas, aí, seu cliente vem com aquela pergunta: gasolina comum ou gasolina aditivada?

Será que realmente vale a pena desembolsar mais algumas moedinhas na hora do abastecimento e investir na aditivada, que tem preço mais elevado? Ela pode ser usada em qualquer tipo de motor? Existe uma quilometragem adequada para abastecer com esse tipo de combustível?

Para que você entenda o assunto e possa dar assistência aos clientes da sua oficina mecânica, aproveite as explicações do post de hoje!

Há diferença entre gasolina aditivada e comum?
Sim, há. A gasolina aditivada nada mais é do que a gasolina comum com acréscimo de detergentes/dispersantes, que têm a função de limpar o sistema de alimentação de combustível do carro. Bicos injetores e válvulas de admissão entram nesse pacote.

A aditivada pode ser usada em qualquer motor?
Não existe contraindicação, nem mesmo para os motores do tipo flex. Há apenas alguns detalhes que devem ser observados. Por exemplo, se a pessoa está acostumada a abastecer com gasolina comum e resolve experimentar a aditivada, isso poderá prejudicar o funcionamento do bico injetor e dos carburadores do veículo.

O que acontece é que, se o carro receber os componentes da gasolina aditivada, os resíduos de sujeira serão eliminados, o que tende a causar o entupimento dos bicos de injeção. Na dúvida, o ideal é que o dono do veículo conte com um mecânico de confiança e bem informado, como você.

Antes que o cliente faça o teste, peça que ele consulte o manual do proprietário para saber se o combustível é adequado para o tipo de motor do seu carro.

Qual é o custo-benefício da gasolina aditivada?
A octanagem da gasolina aditivada é igual à da comum. Porém, com os aditivos, o funcionamento do motor é otimizado e, com isso, a sua vida útil aumenta. Consequentemente, os gastos com manutenção são reduzidos.

Portanto, apesar de a gasolina aditivada não dar mais potência ao carro, vale desembolsar um pouco mais para cuidar melhor do veículo.

Como mudar da gasolina comum para a aditivada?
Você já deve ter ouvido algum cliente dizer que, após abastecer com gasolina aditivada, o carro apresentou falhas, como perda de potência.

Isso nem sempre quer dizer que a gasolina era de má qualidade, mas que, no motor, ficaram resíduos de sujeira que foram eliminados pelos aditivos, situação que, como já vimos, prejudica os bicos injetores.

Para evitar esse problema, uma solução é oferecer aos clientes uma boa limpeza do sistema de abastecimento e do motor. A adoção desse cuidado justificará o investimento em uma gasolina que, sim, pode proteger e cuidar do carro em longo prazo.

Como não há um limite de quilometragem para abastecer com a gasolina aditivada, vale apenas a indicação de uma manutenção adequada e frequente do veículo, pois isso já ajuda a evitar gastos desnecessários.

Para que o barato não saia caro, alerte sempre sobre a necessidade de abastecer o veículo em postos confiáveis, de bandeiras conhecidas. Ou seja, aquela velha tendência de procurar o menor preço nem sempre é a melhor opção.

Quais são os combustíveis mais comercializados no Brasil?
Existem vários mitos e dúvidas que rondam a cabeça de motoristas quando o assunto é sobre qual o combustível mais adequado para abastecer o veículo. Gasolina, etanol, GNV, diesel… são tantas as opções que o consumidor fica sem entender o que é melhor para o próprio carro. Confira as alternativas para indicar o combustível mais correto ao seu cliente.

Gasolina
Além da aditivada, que contém detergentes e dispersantes na composição e que oferece uma ação antioxidante, existem mais dois tipos de gasolina que são comercializados nos postos brasileiros: a comum e a premium.

A primeira é a mais consumida no Brasil. Ela é produzida a partir de uma combinação da gasolina pura — conhecida como Tipo A, que não é comercializada diretamente ao consumidor final) — com 27% de etanol anidro. Esse combustível contém uma octanagem mínima de 87 AID (índice antidetonante) e um teor máximo de 50 pmm (partes por milhão) de enxofre.

Já a premium é uma gasolina com uma octanagem maior — cerca de 95 IAD. Ela é indicada para carros potentes, como os esportivos luxuosos. Esse combustível permite o melhor aproveitamento da potência e desempenho do motor. Mas fique alerta, pois ela não é para qualquer veículo. Caso não seja um automóvel de alta performance, a gasolina agirá como aditivada.

Etanol hidratado
Comercializado nos postos brasileiros, o etanol hidratado é uma mistura de 96% de etanol anidro com 4% de água. Com uma octanagem de 100 IAD — maior que o da gasolina —, ele permite um maior aproveitamento do motor, porém é consumido de forma mais rápida.

O etanol pode conter aditivos que ajudam na limpeza do motor — apesar de o acréscimo não ser realizado por todas as distribuidoras. Além disso, esse é um combustível que, por ser feito de uma fonte renovável, polui menos o meio ambiente se comparado à gasolina ou diesel.

Diesel
O diesel comercializado nos postos do país é o comum, conhecido como tipo B. Ele é resultado da mistura do diesel puro, que sai das refinarias e não é vendido ao consumidor final, com o biodiesel, que é adquirido a partir de gordura animal ou vegetal. A proporção da combinação é de 93% de diesel tipo A para 7% de biodiesel.

A principal vantagem desse combustível é o elevado rendimento energético com um menor consumo. A emissão de gás carbônico também é menor do que a da gasolina. Assim como nos outros dois tipos anteriores, também existe a versão aditivada, que ajuda na limpeza e conservação do motor.

Gás natural veicular (GNV)
Esse é o combustível mais barato e de menor impacto ambiental existente nos postos. Formado predominantemente por gás metano, para utilizá-lo é necessário um carro desenvolvido para o GNV ou a instalação de um sistema de abastecimento com tanque próprio para o produto.

Outra grande vantagem do GNV é que, quando utilizado da maneira correta, a economia com combustível pode chegar a 60%.

Depois de ler sobre a diferença entre gasolina aditivada e outros combustíveis no mercado, você saberá qual indicar aos seus clientes. Lembre-se apenas que aditivos complementares não são iguais aos da gasolina aditivada, pois eles vêm na medida certa e são testados cientificamente para agirem nos motores.

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